domingo, 27 de fevereiro de 2011

Valsa quaternária

Duas Flávias, duas Fridas.

Uma, completamente partida,
A outra, uma fortaleza.

Uma, manda prender e manda soltar,
A outra, deixa rolar.

Uma amou até perder o juízo,
A outra, sabe lá o que é isso!



Uma se perde em mil elucubrações,
A outra, primeiro atira para depois perguntar.

Uma delas até acha que o destino tem as suas razões,
A outra, não quer nem saber, detesta esperar.

Uma, matriarca europeia e altiva,
A outra, latina e subversiva.

Uma cortou os cabelos em sinal de revolta,
A outra cortou só pra dar uma volta.

Uma é o bordado e o avesso
A outra, fez questão de esquecer seu endereço.

Cara de uma, focinho da outra.
Cuspida, escarrada,
De corpo e alma lavada.

Duas Flávias, duas Fridas:
As duas serão verdade, as quatro serão mentira?

Sei não, pouca diferença isso faz.
Tudo é meio que uma coisa só.
                                                  

27/02/2011.

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