Como eu gostaria que estivéssemos todos juntos agora. Que os amigos dos amigos também se tornassem amigos, que as feridas se fechassem e que inimigos e desafetos se perdoassem.
Como eu gostaria que todos nós vencêssemos as pequenas mesquinhezas do cotidiano que nos impedem de estarmos juntos.
Há quem diga que é só perdoar e esquecer. Parece fácil, porém, como aprender com os próprios erros - e com os erros alheios - sem um enfrentamento, uma reflexão? Isto é que não é tão fácil, e do que a maioria foge.
Não é fácil para ninguém, nem para mim. No entanto, por mais que seja dolorido, preciso encarar o que me incomoda de frente, porque o contrário para mim não adianta de nada. Assim como não adianta fingir polimento e civilização depois de ter deixado escapar aquela face mesquinha que todo mundo tem, mas de que ninguém se orgulha de ter. Subir no salto depois de ter enfiado o pé na jaca? Faz-me rir.
Também não vale de nada, pelo menos para mim, sentar na mesa de negociação com as armas na mesa. Nem é preciso tanta coragem assim para conversar desarmado e acolher o fato de que talvez, daquela vez, você não teve razão, ou só teve em partes. Entretanto, tem gente que é capaz de ter um infarto se perceber que não está com a razão, sendo capaz das coisas mais insanas para tentar retomá-la.
Sei bem como é isso, também já fui assim. Não que eu tenha evoluído, mas é que hoje vejo antigas manias feias minhas nos outros e essa é uma. E sabe como é, né? Se não pode convencer, confunda. Se não tem o trunfo na mão, blefa-se. Quando tentam isso comigo, claro que não funciona. Ser franco - de verdade, sem acusar ou agredir - não mata ninguém nem arranca pedaço, eu optei por isso. Dou sempre minha cara à tapa e tô aqui, bem viva.
Para ser mais direta: as feridas só fecham se a gente se dispor a curá-las. E às vezes isso significa ter de tocá-las, sem anestesia. Não sou o ser mais corajoso do mundo, mas tenho me disposto a isso. Assim, quem sabe um dia, não estejamos todos juntos de novo.
Para ser mais direta: as feridas só fecham se a gente se dispor a curá-las. E às vezes isso significa ter de tocá-las, sem anestesia. Não sou o ser mais corajoso do mundo, mas tenho me disposto a isso. Assim, quem sabe um dia, não estejamos todos juntos de novo.
There is one question
I'd really love to ask:
Is there a place for the hopeless sinner,
Who has hurt all mankind just
to save his own beliefs?
Bob Marley
Nenhum comentário:
Postar um comentário