quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Tinindo trincando


As neuroses olharam esse mar e deram no pé
Eu sei, a vida não acontece só nas férias. Mas é que, além de mim, as velhas neuroses também saíram de férias e espero sinceramente que elas tenham uma epifania bebendo água de coco na Praia de Cabo Branco,  decidam pedir demissão de mim e saiam por aí vendendo bijuterias e dormindo ao relento. Que nunca mais voltem, felizes da vida.

Falando em felicidade, eu bem disse que felicidade permanente é neurose, mas  quando estou realmente feliz, é pra valer. Não disfarço gosto de purgante na boca. Como diria Filhutti, meu laranja tá piscando neon. Tô com tudo, no duro tinindo, tinindo tricando.

Não aconteceu nada de especial, ou pelo menos de mega-über espetacular. Só descobri um balanço entre a intensidade e a tranquilidade. A vida vai à milhão, mas a mente continua tranquila, ou pelo menos, mais do que era antes. Geralmente, comigo era o contrário. Fantasiando para driblar o tédio, dar de cara com a realidade era tão suave quanto um pouso de albatroz. Resultado: um blog chamado Textículos de Mulher.

Como estou mais preocupada em viver, racionalizar e escrever às vezes fica de lado. Mas pretendo não abandonar isso de vez, até porque escrevendo descubro coisas que já sabia. Sem esperança de ser a renovação literária da América Latina, o sabor dos textículos fica mais sapeca e menos pretensioso. Tempos Modernos, babe.

Então, calipígios e onanistas, vou tentar fatiar em fatias finas e apetitosas, a viagem para John Person e Natal, o Summer Soul Festival, uma crítica atrasada de Amélie Poulain. Descendo pro play e indo brincar, sempre.

Feliz 2011, pessoal!