É curioso ver algo que não aconteceu. É e não é ao mesmo tempo. Assistir ao This Is It ontem na televisão me causou esta impressão.
Michael Jackson's This Is It in HD
Trailer Park Movies Vídeo do MySpace
Um relato sem palavras de uma produção de grande porte e nível técnico é um prato cheio para qualquer apaixonado por música. Com ensaios, audições, marcações de palco, montagem de cenários, luzes e figurinos à exposição, o prato torna-se ainda mais saboroso. É o que realmente me encanta na arte: o caminho, o processo criativo. Justamente por ser algo que já é sem ser.
Michael Jackson's This Is It in HD
Trailer Park Movies Vídeo do MySpace
Um relato sem palavras de uma produção de grande porte e nível técnico é um prato cheio para qualquer apaixonado por música. Com ensaios, audições, marcações de palco, montagem de cenários, luzes e figurinos à exposição, o prato torna-se ainda mais saboroso. É o que realmente me encanta na arte: o caminho, o processo criativo. Justamente por ser algo que já é sem ser.
Assistir a este making-off que acabou se tornando a própria obra me deixou ainda mais inquieta, como se eu naturalmente já não fosse. Como se eu já não estivesse pensando há algum tempo em sonhos, projetos, planos ou coisas que poderiam ter acontecido, mas não aconteceram, como essa não-turnê.
De todas essas coisas, as que mais me inquietam são as que mostram uma possibilidade de acontecer. As que poderiam ter acontecido e não aconteceram, felizmente, perderam a importância. (Até mesmo This is it: não fez diferença não ter sido concluída, porque a morte do ídolo fez justiça à sua obra, como fez a outros artistas. Ele vale mais agora morto, do que decadente e endividado, tentando se reerguer, como estava vivo.)
O que me causa um buraco no estômago são as coisas boas que posso e quero fazer, que ficaram para trás com a correria dos últimos anos. Mesmo que ainda seja jovem, a sensação é de estar aos 45 do segundo tempo sem direito à prorrogação. Não é pouca a dificuldade de parar com uma vida toda de elucubração e partir para a ação, ou melhor, para o ataque. A hora é mesmo agora. Tanto que nem esperei o fim do documentário para escrever este textículo.
Wanna be startin´something!
Um comentário:
E pensar que o ensaio é a própria coisa....
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