segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Metaleira, eu?

Engraçado que algumas coisas passam e outras sobrevivem na vida sem pedir a sua licença. Pois é, até eu tinha me esquecido que gostava de Metallica. Banda que me remete a tardes vagabundas na casa da Carol e do Juninho, quando a gente passava horas e horas escutando o Black Album e outras pérolas noventistas, como o Dookie do Green Day, ou Melancholy and Infinite Sadness, do Smashing Pumpkins. Ou ainda sábados na casa da Priscila ouvindo os discos mais antigos do Metallica como o Master of Puppets ou And Justice for All. Mas nostalgia é uma gripe que não me dá mais. Não sinto saudade de mais nada, não lamento mais nada. Para que se apegar a tantas lembranças?


Não sei que milagre aconteceu para a Globo transmitir o show na íntegra, sem aqueles cortes horríveis que ela costuma fazer até em show do Brasa. Não sei que outro milagre ocorreu para eu assistir o show inteiro, sem dar uma cochilada sequer. Na verdade, eu sei. Foi um puta showzaço!


Aí me dei conta: Metallica é uma banda balzaquiana, só um ano mais velha do que eu. Nem no auge, nem decadente, na confortável posição de não ter mais que provar nada para ninguém. Fez umas bobagens na vida - o Load inteiro foi limado deste show sem fazer falta, e do Reload, só foi tocada a única música que presta, Fuel. Não abusaram de hits o tempo inteiro e fizeram um line-up não linear, o que eu gostei bastante. Prova de que o tempo que passa se mistura com o de agora, e ainda com o que está por vir. Não sei o que me espera, e que eu deixei para trás era excesso de bagagem. Viajante que se preza, só carrega o essencial.



No, je ne regrette rien! Só eu mesma para começar falando de Metallica e terminar com Piaf. E daí? 

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